LULA, TRUMP E O BRICS

 

 

Muito além das decisões duras do presidente Donald Trump contra o Brasil, mirando uma porção de ministros do STF com a humilhante proibição de sua entrada nos Estados Unidos, tendo Bolsonaro como pivô, está a posição do governo brasileiro no Brics.

O discurso de Lula, obviamente embalado pelo pensamento atrasado de Celso Amorim, pela desdolarização do comércio exterior com a criação de uma nova moeda é que é o xis dessa grande crise entre Brasil e Estados Unidos.

Há quem garanta que entre as melhores cabeças do Itamaraty a interpretação do leimotiv de Trump é o alinhamento do Brasil com a China e com a Rússia que só trará prejuízos ao nosso país como os que já estarão em vigor a partir de primeiro de agosto. O Brics tem apenas duas potências que podem arranhar o poderio americano, China e Rússia, e ambas estão se valendo do Brasil para seus projetos de influência mundial para destronar o dólar como moeda circulante dos negócios do planeta.

Até os ursos do Ártico sabem que países como o Brasil, Índia, África do Sul só transitam com segurança no cenário internacional dos conflitos diplomáticos e econômicos quando adotam o não alinhamento a ideologias que tumultuam o sistema da livre iniciativa que rege o comércio entre todas as nações. Neste momento, nem mesmo China, Rússia, Índia e Africa do Sul, no entendimento de algumas cabeças coroadas do Itamaraty, consideram a desdolarização uma saída para acabar com a influência dos Estados Unidos.

Ficar trombeteando contra o dólar é ir de encontro à lógica atual do comércio internacional. Ou ainda: tentar dar uma rasteira no dólar para atingir Trump é servir de estafeta para o projeto de dominação global da China, com parceria russa.

Bolsonaro é o marisco na luta do mar contra o rochedo. Com a colaboração do STF, na visão de Donald Trump.

O Brasil está tão mal assessorado na sua política internacional que não se envergonhou de assinar o comunicado final da reunião no Rio de Janeiro, o qual condenou a Ucrânia por atacar áreas civis na Rússia. Até parece que foi a Ucrânia que invadiu a Rússia.