TARIFAÇO POLÍTICO
O presidente Donald Trump só é imprevisível para quem duvida do que ele é capaz de fazer.
O seu recado ao Irã para que cessasse de sua intenção de fabricar a sua bomba atômica foi muito claro. O Irã tinha um prazo, não o cumpriu e teve sua planta atômica bombardeada.
Quando Trump no início da semana criticou a posição antiamericana do Brics ameaçando os países do grupo com uma nova sobretaxa de importação, ele também estava dando um recado que não vai mais admitir de seus parceiros comerciais dois discursos – o da “amizade” comercial e o do antiamericanismo.
Com Trump é pão, pão, queijo, queijo.
No caso com o Brasil e seu tarifaço de quarta-feira de 50% para as importações, a decisão foi política. Trata-se de uma retaliação contra as decisões do STF em relação a Jair Bolsonaro, mas sobretudo porque o nosso Supremo Tribunal Federal “emitiu centenas de ordens de censura secretas e ilegais a plataformas de mídia social dos EUA, ameaçando-as com multas de milhões de dólares e expulsão do mercado de mídia social brasileiro”. É o que diz a carta de Trump para Lula.
E se tem algo que qualquer americano não tolera é contrariar o artigo primeiro da sua constituição, onde a liberdade de expressão é cláusula pétrea de verdade.
Trump não falou na sua carta, mas já existe uma investigação rigorosa sobre a falsificação do visto de entrada de Filipe Martins nos EUA.
Aí estamos diante de um caso de segurança nacional americana, situação que o governo Trump adota tolerância zero.
Comentários