Ativistas criticam pouca ação prática para salvar a floresta na Declaração da Cúpula da Amazônia/RFI

Assinada por oito países amazônicos, a Declaração de Belém traz uma lista de intenções e objetivos, mas poucos avanços práticos para salvar a floresta, afirmam entidades sociais. A sensação é de certa frustração, já que em meio a tantas autoridades e a prognósticos tão preocupantes, o documento não tem medidas impactantes no curto e médio prazo.

Não há, por exemplo, um prazo comum para zerar o desmatamento e cada país perseguirá sua meta interna. O governo brasileiro tem prometido alcançar o feito em 2030. Entre as ações mais imediatas resultantes da Cúpula da Amazônia está a promessa de se criar o Painel Técnico-Científico Intergovernamental da Amazônia – o “IPCC da Amazônia” -, que incluirá governo, pesquisadores, sociedade civil, povos indígenas e comunidades locais e tradicionais, e o Observatório para identificar financiamento e melhores práticas de proteção dos defensores.

“A gente estava com outras expectativas. As pessoas falam muito no discurso, mas na prática não se comprometem de fato para uma solução comum sobre essa questão do desmatamento e a crise climática. Não se discute um plano conjunto para fazer essa mudança”, afirmou à RFI a indígena Auricélia Arapium, presidente do conselho deliberativo da COIAB, a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira.

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