Vargas e FHC podem ensinar Zema, Tarcísio, Leite e Ratinho Junior a lidar com Lula, por Leonencio Nossa/O Estado de São Paulo
Quase o Nordeste não aparece nas histórias da chamada Revolução de 1930, que pôs abaixo a República Velha. Um cearense, no entanto, foi o responsável em consolidar o movimento na região e garantir a tomada do poder nacional pelo grupo de Getúlio Vargas. O então capitão Juarez Távora ganhou a alcunha de “vice-rei do norte” depois de tirar do jogo as oligarquias que resistiam. Sem apoio de uma figura nordestina os gaúchos teriam dificuldades para consolidar o golpe.
Távora conhecia os sertões desde que atuou na Coluna Miguel Costa-Prestes, que percorreu o interior brasileiro para se posicionar contra o governo federal. Getúlio o nomeou delegado militar do Norte-Nordeste e pôde assim, na composição com uma força da região, seguir no Palácio do Catete.
Na História, lideranças do Sul e Sudeste se dividiram entre as que buscavam o consenso nacional – ou o poder do País, como queiram – e aquelas que tentaram a hegemonia apostando apenas na “pujança” do Sul Maravilha.
Em entrevista às jornalistas Mônica Gugliano e Andreza Matais, aqui do Estadão, o governador de Minas, Romeu Zema, relatou os planos do consórcio de governadores do Sul e Sudeste para obter protagonismo nacional. Encontros de chefes de Executivo de regiões visando pautas em comum sempre foram recorrentes. Os governadores nordestinos têm até tradição nisso. É claro que chama a atenção o fato do consórcio, à exceção do Espírito Santo, ser formado por nomes de oposição ao Palácio do Planalto. Mais que isso. Ao menos Zema, Tarcísio, Eduardo Leite e Ratinho Júnior são postulantes à Presidência.
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