Fetag-RS segue negociação com Governo do Estado sobre os impactos do ciclone

As regiões do vale do caí, litoral e sinos serra foram amplamente atingidas com o ciclone. Há algumas semanas, muitas famílias agricultoras foram prejudicadas pelo fenômeno natural que provocou inúmeros prejuízos, incluindo a destruição de casas, galpões, perda de produção e comprometimento do solo fértil das lavouras, afetando diretamente a renda destas.

A Fetag-RS vem negociando com o Governo Federal e o Estadual medidas para mitigar os impactos causados. E este foi o tema da reunião na tarde desta quinta-feira (06) na Casa Civil, com as presenças do secretário-chefe da Casa Civil, Arthur Lemos, e do secretário de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini.

A Federação e as Regionais Sindicais levaram como pauta para debate com o governo algumas medidas que mitigar os efeitos da enchente aos agricultores atingidos, tais como: pagamento de auxílio emergencial no valor de R$1.320,00 mensais, pelo período de 6 meses; distribuição de cestas básicas pelo período de 12 meses; doação de sementes de milho e forrageiras através do Programa Estadual Troca-troca de Sementes; liberação de recursos para a reconstrução das casas e aquisição de móveis e eletrodomésticos; ampliação do número de profissionais da assistência técnica e de extensão rural nos municípios atingidos de forma emergente para realizar um plano de manejo agropecuário e de turismo rural nas unidades produtivas e dentro das localidades pelo período de 12 meses no mínimo e a criação de uma linha específica no FEAPER para reestruturar a condição produtiva das propriedades rurais e realizar a manutenção das estruturas produtivas destruídas ou danificadas pelo ciclone.

Para o presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da Silva, que acompanhou a reunião “este é um momento em que precisamos juntar forças. Nós, enquanto Federação, os Sindicatos, o Governo Federal e o Estadual precisam se unir para auxiliar os agricultores atingidos a reconstruírem suas propriedades. Uma enchente igual a está causa prejuízos incalculáveis, pois afeta a estruturação das propriedades construídas por toda uma vida. Precisamos de respostas e ações dos governos para atender as demandas das famílias atingidas.”

Ao final, como encaminhamento o secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos afirmou que o foco de atuação do governo estadual é a recuperação produtiva das propriedades. O secretário solicitou que os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais, as prefeituras e os escritórios municipais da Emater façam um levantamento sobre o número de famílias agricultoras atingidas, levando em consideração as perdas das unidades habitacionais, da estrutura das propriedades e do montante de perda de produção. Ficou agendada uma nova reunião para a apresentação dos relatórios e alinhamento das ações em cima dos dados constituídos para a próxima sexta-feira (14).

Esteve acompanhando a reunião o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, Deputado Estadual Elton Weber.