Dias Toffoli anula provas da Odebrecht treze vezes em três dias, por João Pedroso de Campos/Veja

 

 

Depois de ter herdado do ex-ministro Ricardo Lewandowski a relatoria de pedidos ao STF que  questionam a validade probatória do material apresentado pela Odebrecht em seu acordo de leniência, sobretudo os sistemas que gerenciavam o seu “departamento de propinas”, o ministro Dias Toffoli tem mostrado alinhamento com o antecessor. Apenas entre a última segunda-feira, 26, e a quarta, 28, Toffoli atendeu a treze pedidos, a maior parte de investigados delatados por executivos da empreiteira, e invalidou o uso dos sistemas Drousys e MyWebDay B como provas em processos abertos na Justiça Eleitoral e na Justiça Federal.

O entendimento de Toffoli em todos os despachos foi o de estender a esses pedidos a mesma  decisão de Lewandowski que havia beneficiado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, considerando  nulos contra ele os conteúdos apresentados no acordo da Odebrecht. O ex-ministro também havido declarado a imprestabilidade das provas da empreiteira em processos contra o vicepresidente, Geraldo Alckmin, o empresário Walter Faria e o ex-presidente da Fiesp Paulo Skaf, entre outros. Na semana passada, Dias Toffoli já havia estendido o entendimento ao exministro Paulo Bernardo. Nesta semana, quinze pessoas foram atingidas pelas decisões de Toffoli.

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