Cabide de empregos para derrotados, por Anderson Scardoelli/Revista Oeste
Até o fim do ano passado, a estrutura do governo federal estava organizada em 23 ministérios. Com o fim da gestão Bolsonaro e a volta de Luiz Inácio Lula da Silva, o número de pastas saltou para 37, o que abriu espaço no primeiro escalão para um número maior de aliados do petista. Mas as nomeações não ficaram restritas à linha de frente da Esplanada. Dezenas de “companheiros” foram agraciados com cargos em secretarias, autarquias e empresas públicas. As indicações passam, inclusive, por quem não conseguiu se eleger nas eleições de 2022 — transformando o segundo e o terceiro escalões da administração lulista em cabide de empregos para derrotados.
Deputado federal por dois mandatos pelo PT do Rio de Janeiro e ex-presidente da seccional fluminense da Ordem dos Advogados do Brasil, Wadih Damous não entrou para a lista de desempregados do país graças ao retorno de Lula ao poder. Apesar de ter sido rejeitado pelos eleitores para seguir na Câmara dos Deputados, ele, que já defendeu publicamente o fechamento do Supremo Tribunal Federal, ganhou de presente o comando da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. Em quase seis meses à frente da Senacon, Damous já coleciona polêmicas. Multar o Google e notificar o Telegram por causa de comunicados contrários ao Projeto de Lei 2630/2020 foram algumas de suas decisões.
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