Petrobras se tornou “refém do governo”, diz economista Adriano Pires, por Fábio Matos/Metrópoles

 

 

O atual modelo da Petrobras, uma empresa de economista mista (cujas ações são compartilhadas entre o Estado e o mercado), não funciona bem, gera instabilidade e prejudica a competitividade da própria companhia. A avaliação é do economista Adriano Pires, sócio-fundador e diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) e considerado um dos principais especialistas do país no setor de energia.

“Muita gente trata a Petrobras como uma empresa estatal, mas ela não é. É uma empresa de economia mista. Tem muitos acionistas no Brasil e no exterior. Você tem uma empresa com dificuldades de crescer e de ter uma lógica que agrade ao acionista”, afirma Pires, em entrevista ao Metrópoles. “Em última análise, a cada quatro ou oito anos, você troca o acionista majoritário da empresa e isso torna muito difícil que se faça um planejamento de longo prazo que perdure.”

Para o diretor do CBIE, defensor histórico das privatizações, a Petrobras deveria escolher entre dois caminhos. “Ou você privatiza a Petrobras ou você estatiza definitivamente, fecha o capital da empresa”, diz. “Esse modelo atual não funciona bem porque deixa a Petrobras muito refém do governo de plantão. Há uma instabilidade societária gigante na companhia.”

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