Campos Neto se opõe a Lula sobre crédito agrícola subsidiado no Plano Safra, por Adriana Fernandes e Mariana Carneiro/O Estado de São Paulo

 

 

O governo Lula abriu uma nova divergência com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, desta vez no Plano Safra. A disputa gira em torno da ampliação do chamado crédito direcionado para a agricultura, fornecido pelos bancos.

O Ministério da Agricultura, com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deseja ampliar a fatia que os bancos têm de destinar dos depósitos à vista e da poupança rural para o crédito agrícola.

O impasse só vai se resolver na próxima reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), marcada para o dia 29, quando, além de Campos Neto, os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento) deverão se posicionar.

Uma reunião da Secretaria de Política Econômica (SPE) com técnicos do BC nesta semana expôs as resistências sobre o tema. Enquanto para o BC o aumento do crédito direcionado diminui a potência da política monetária (ou seja, da taxa de juros) no combate à inflação, a SPE defende o aumento do crédito para um setor que está puxando a atividade econômica. No primeiro trimestre do ano, o agronegócio foi o grande motor do crescimento do PIB, subindo 21,4%.

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