Morte de bebê acende alerta para importância de leitos pediátricos no RS, por Felipe Samuel/Correio do Povo

 

 

A morte de um bebê de três meses que nasceu com má-formação no intestino e precisava de tratamento especializado acendeu o alerta sobre a necessidade de ampliar os leitos de UTI pediátrica no Rio Grande do Sul. A família lutava na Justiça pela transferência de Larah Silveira de Oliveira da UTI do Hospital Universitário São Francisco de Paula, em Pelotas, para um hospital da Capital, mas foi informada que não existiam leitos disponíveis nas redes pública e privada. No dia 17 de maio, a bebê faleceu.

Diante desse cenário, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Porto Alegre confirmou a abertura de 57 novos leitos pediátricos. São 35 leitos clínicos, 12 de UTI e 10 de cuidados intermediários. O objetivo é reforçar a rede de saúde e evitar a superlotação dos hospitais. Diretor de Atenção Ambulatorial Hospitalar e de Urgências da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre, Favio Telis avalia que a Capital está preparada para atender a demanda durante a Operação Inverno, mas reconhece que é preciso estudar a possibilidade de contar com leitos mais qualificados.

“Crianças que nascem com problemas específicos, que precisam de um atendimento de UTI, crianças especiais, talvez a gente tenha que rediscutir isso e ver com todos (hospitais) como está sendo essa demanda. Mas hoje, com esse número de 12 leitos aumentado de UTI pediátrica, já teoricamente dentro dos estudos quantitativos que a gente fez, seria suficiente para atender a Operação no Inverno”, ressalta. Conforme Telis, casos de crianças que aguardam por leito de UTI são os que preocupam. “Aquele foi um caso muito específico, que acabou caindo para Porto Alegre. A responsabilidade obviamente é de todos, mas era uma criança regulada pelo Estado aguardando um leito no Hospital de Clínicas”, afirma.

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