Entenda por que banco Itaú e outras multinacionais estão saindo da Argentina, por Márcio Resende, correspondente da RFI em Buenos Aires/RFI
Após 45 anos de sua implantação na Argentina, o banco brasileiro Itaú está de saída do país. A instituição, que pretendia dominar o setor dos bancos privados, anuncia sua venda em meio à debandada de empresas estrangeiras do mercado argentino.
O maior banco privado brasileiro, o Itaú, começou suas atividades na Argentina em 1979, com foco, sobretudo, nas empresas brasileiras como clientes. Em 1995, quando passou a atender pessoas físicas, o Itaú tinha o objetivo de liderar o mercado, tendo como plataforma o Banco del Buen Ayre, adquirido em 1998. No entanto, quase 30 anos depois, o Itaú é apenas o 16.º banco na Argentina com uma operação considerada irrelevante.
“O Itaú terminou como um banco bem menor do que aspirava, assim como a economia argentina terminou bem menor do que aquela a qual aspirava há 30 anos. Na verdade, uma realidade está associada à outra. À medida que a Argentina perdia participação na economia internacional (representa hoje 0,5% da economia mundial), o Itaú diminuía a sua pretensão”, compara à RFI o consultor em investimentos e em desinvestimentos Marcelo Elizondo.
Nesta semana, após o jornal argentino La Nación revelar que o Itaú pretende sair do país, o banco confirmou a informação com uma nota de “fato relevante” à Bolsa de São Paulo, informando que “está numa negociação preliminar com o banco Macro para a venda de suas operações na Argentina, sem que ainda tenha assinado nenhum documento”.
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