Brasil: a mágica de Lula não funciona mais/L’Express

 

 

Fundada em 1821 no Rio de Janeiro, a diplomacia brasileira sempre gozou de grande prestígio devido ao seu profissionalismo e a uma reconhecida tradição de pragmatismo. Mas hoje, a mágica não funciona mais. Em questão: as declarações do presidente Lula, que voltou aos negócios há menos de seis meses. Já na campanha eleitoral, em maio de 2022, o herói da esquerda latino-americana (e francesa) havia descrito Volodymyr Zelensky como um “cara” que queria se tornar interessante. Ao mesmo tempo, Mariupol estava desmoronando sob as bombas russas.

Durante o recente G7 no Japão, do qual o presidente ucraniano foi o convidado surpresa, Lula voltou a se destacar: é o único chefe de Estado que não se levantou para cumprimentar seu homólogo. Pouco antes, em abril, ele havia declarado na China que os Estados Unidos deveriam “parar de encorajar a guerra” entregando armas a Kiev. No processo, Lula recebeu com honras o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, em Brasília. Reação da Casa Branca: “O Brasil ecoa a propaganda russa e chinesa.” Esvaíram-se assim as ambições do Brasil, que esperava desempenhar um papel de mediador na resolução do conflito iniciado por Putin.

Semana passada em Brasília, de novo! Durante a reativação da União das Nações Sul-Americanas (Unasul, criada em 2008, moribunda desde 2014), o brasileiro reabilitou o presidente venezuelano Nicolás Maduro, cuja única diferença com um ditador de direita é ser de ESQUERDA. Então ele se alegrou publicamente com esse retorno “histórico” ao favor. Acima de tudo, qualificou como “narrativa” as acusações de autoritarismo contra Maduro – responsável pelo êxodo de 7 milhões de venezuelanos.

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