Situação de Lula com Congresso pode ficar insustentável, dizem cientistas políticos em debate, por Joelmir Tavares/Folha de São Paulo

 

 

O presidente Lula (PT) comete equívocos na relação com o Congresso, num cenário que já é naturalmente mais difícil do que em outros governos, e precisa fazer ajustes sob risco de a situação ficar insustentável, afirmaram os cientistas políticos Carlos Pereira e Beatriz Rey na TV Folha nesta sexta-feira (2).

Diante da dificuldade governista de aprovar medidas por prescindir de uma base na Câmara e no Senado, ambos sugeriram que o presidente repense a coalizão de apoio, mas disseram que o presidencialismo de coalizão não morreu, como provocava o tema do debate mediado pelo repórter da Folha Ranier Bragon.

O termo, cunhado pelo sociólogo Sérgio Abranches, diz respeito a uma tradição no presidencialismo brasileiro em que o chefe do Executivo se elege sem maioria parlamentar e tem de formá-la a partir de negociações, distribuindo cargos e verbas.

Pereira, que é professor da FGV, e Beatriz, que tem pós-doutorado na Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) e é pesquisadora da Fundação POPVOX, concordaram no diagnóstico de que Lula erra ao privilegiar o PT na nomeação de ministérios e postos-chaves.

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