‘É o mais ilegal possível’: Brigas e discussões do grupo acusado de manipular jogos no Brasil, por Felipe Grinberg/O Globo

 

 

Com promessas de repasse de altos valores a jogadores e lucros ainda maiores, o epicentro das brigas do grupo acusado de manipular jogos no Brasil era o dinheiro. As conversas recuperadas pelo Ministério Público de Goiás revelam também discussões por supostos vazamentos de atletas cooptados, que reduzia os ganhos das quadrilhas. Após denunciar 15 jogadores, empresários e apostadores, o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) quer identificar outros integrantes da quadrilha.

Uma das brigas do grupo acusado de manipulação foi por causa de uma imagem de aposta bem sucedida que foi vazada por um integrante. Um contato chamado “Paulinho Rússia” envia uma imagem e diz a Bruno Lopez: “Se explica aí, amigo”, se referindo a uma aposta que foi anulada. O chefe da quadrilha, então, responde, em um áudio, que a aposta entrou em “investigação de fraude” após um print do celular de Bruno Lopez ser publicado no site de estatística SofaScore.

“É… mandei no grupo aí e falei (ininteligível) R$ 500 para voltar R$ 40 mil. Mandei com a cotação. Aí esse idiota pegou e comentou nesse Sofascore. Eu nem sabia que dava pra comentar nisso. Descobri agora que você me mandou essa bomba. Já resolve com o amigo aí como que ele vai ter que fazer. Ele vai ter que pagar do bolso. Eu eu mesmo vou tirar o meu da reta, mano. Todo mundo sabe que, que esse bagui aí é, é o que tá dando dinheiro e é o mais ilegal possível (…) Uma parada dessa daí com os jogador, isso daí você acaba com a carreira de um atleta, parça”, manda Bruno Lopez.

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