Fazendeiros narram momentos de terror durante invasões na Bahia, por Hugo Marques/Veja

 

 

A onda de invasões de terras no sul da Bahia tem gerado momentos de terror na região, de acordo com fazendeiros ouvidos por VEJA. Os ataques, segundo esses relatos, são realizados por indígenas armados de espingardas e revólveres. Desde outubro já foram contabilizados 26 casos.

O fazendeiro Napoleão Cerqueira diz que sua família permaneceu refém durante uma noite inteira, depois que suas terras foram “retomadas” por um grupo armado no município de Itamaraju. “Eles chegam atirando. Usam carabinas, pistolas e espingardas calibre 44. Nos mantiveram em cárcere privado, incluindo minha mãe, que é  hipertensa. É um terror”, diz. Depois das ameaças, os invasores, segundo ele, fizeram uma festa regada a cachaça e cocaína, mataram um boi e 20 galinhas, enquanto mantinham a família trancada em um cômodo da casa. Napoleão conta que chamou a polícia. Duas viaturas foram ao local, mas os PMs pediram desculpas porque
não podiam fazer nada. Teriam recebido “ordens superiores” de não intervir.

O casal Armando Machado Fonseca e Rosilene Santos Sena Fonseca enfrentou situação similar no mesmo município. As terras deles foram invadidas por um bando armado. “Tenho uma filha de 6 anos de idade que está com síndrome do pânico. Ela repete a toda hora: ‘Mãezinha, os bandidos vêm nos matar?’ Eu e meu marido estamos doentes, este povo está comendo o juízo da gente”, diz Rosilene.

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