Pacote do governo para volta do carro popular ‘é pouco provável de dar certo’, por Cleide Silva/O Estado de São Paulo
O pacote de medidas previsto para ser anunciado na quinta-feira, 25, para ajudar a indústria brasileira a retomar o crescimento, em especial o setor automobilístico, com intenção de reduzir os preços dos automóveis é pouco provável de dar certo, na opinião do economista José Roberto Mendonça de Barros, da MB Associados. A intenção é colocar modelos no mercado com preços de até R$ 60 mil.
Para ele, talvez o governo esteja pensando como nos primeiros anos do governo Lula, quando havia uma situação fiscal favorável, o endividamento do consumidor era muito menor e a economia crescia. “Agora não tem crescimento, não tem orçamento, não tem Tesouro, não tem o sistema financeiro e não consigo ver como resolver a questão de limitação de renda dos consumidores”, diz.
Além disso, Mendonça ressalta que as montadoras já tomaram a decisão de não perder mais dinheiro e, por isso, migraram a produção para carros mais caros e não vão voltar atrás. “Hoje só consegue comprar carro consumidores da classe B para cima”.
Leia mais em O Estado de São Paulo
Comentários