Trens da Alemanha e sua eficiência: fim de um mito?/Deutsche Welle
Um dos clichês mais persistentes para quem não vive na Alemanha é: os trens alemães são pontuais. Só que não são, e há muito tempo. Em 2022, um terço dos veículos da empresa ferroviária estatal, a Deutsche Bahn (DB), teve atraso, confirmando uma tendência que cresce de ano a ano.
Os afetados não são só os passageiros, queixando-se de vagões superlotados e passagens caras. Nos últimos anos, algumas das maiores companhias de logística europeias têm criticado repetidamente a seção de carga e frete da DB devido aos atrasos constantes. E morosidade não é seu único problema: há anos ela apresenta balanços negativos, suas dívidas já ultrapassam os 30 bilhões de euros.
Além disso, a estatal alemã está envolvida em disputas trabalhistas. Greves dos ferroviários já causaram bastante turbulência em março e abril; uma outra, de 50 horas, com início marcado para 14 de maio, foi suspensa após a DB tomar medidas legais de emergência. Segundo o sindicato EGV, estão em andamento negociações por aumentos salariais.
A própria empresa não se ilude quanto à extensão de seus problemas: “A atual situação operacional não é aceitável para nós, para os passageiros ou para a as companhias ferroviárias”, admite um porta-voz da DB.
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