Operação La Lumière – Pedofilia é Crime. Disque-denúncia 0800 510 2828 ou WhatsApp e Telegram (51) 9 8418 7814

 

 

Em 17/05/2023, a Polícia Civil realizou a II Fase da Operação La Lumière (“A Luz”), conduzida pela 1ª Delegacia de Polícia da Criança e do Adolescente do Departamento Estadual de Proteção aos Grupos de Vulneráveis (1ª DPCA/DECA/DPGV). A operação tinha como objetivo investigar casos de exploração sexual infantojuvenil.

Inicialmente, surgiram indícios de que crianças, todas irmãs com idades de 8, 10 e 12 anos, estavam sendo vítimas de exploração sexual, prostituição, estupro e pornografia infantil.

Na primeira fase da operação, foram realizadas buscas nas residências do suspeito, incluindo sua residência principal e seu apartamento na cidade de Imbé, próximo à praia. Durante as buscas, foram encontrados vários objetos sexuais, medicamentos controlados, possíveis substâncias entorpecentes e outros acessórios relacionados à preferência sexual por crianças. Além disso, celulares e notebooks foram apreendidos, contendo registros das conversas com a mãe das menores, que também estava sendo acusada.

Atualmente, tanto o suspeito quanto a mãe das crianças estão presos preventivamente, devido à gravidade das condutas. Durante a operação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas residências da mãe das três meninas, bem como em seu local de trabalho. Nesses locais, foram apreendidos eletrônicos, celulares e computadores que continham conversas e imagens das crianças, incluindo negociações de encontros e valores.

A análise realizada pela equipe de Informática do Instituto Geral de Perícias (IGP) revelou várias conversas entre os suspeitos, nas quais eram discutidos os encontros e os pagamentos, usando um formato de “cardápio” que já foi divulgado para a imprensa, além de outras conversas com outras mulheres.

Através dos aparelhos apreendidos, foi possível confirmar que o suspeito é um criminoso habitual, que conhecia mulheres em ONGs e instituições de assistência social. Além disso, ele utilizava sites de prostituição no estilo “Sugar Baby” para conhecer outras pessoas, sempre mulheres com filhos menores de 0 a 12 anos. Ele as convidava para participar de encontros “familiares”, aparentando boas intenções, e solicitava pagamentos por meio de transferências bancárias imediatas (PIX).

Após a negociação dos valores, eram marcados encontros em locais reservados, como hotéis nas cidades ou em uma das residências em Imbé.

Da Operação Policial:

A operação foi realizada em Porto Alegre, Alvorada e Cachoeirinha, com o cumprimento de prisões preventivas e mandados de busca e apreensão. As buscas foram realizadas nas residências de duas mães: A.S.N, de 26 anos, residente em Cachoeirinha, uma influenciadora digital com ensino superior completo e uma filha de aproximadamente 7 anos, vítima; e S.O.L, de 23 anos, residente em Alvorada, mãe de duas meninas, ambas vítimas de abuso, com idades de 1 ano e 3 anos e meio. A.S.N foi presa preventivamente, conforme mandado expedido pela 6ª Vara Criminal do Foro Central de Porto Alegre. S.O.L suspeitou da medida judicial e está foragida, tornando necessárias medidas adicionais para obtenção de provas e continuidade das investigações sobre os crimes.

Vale ressaltar que também foi realizada busca e apreensão na empresa do suspeito, com o objetivo de coletar elementos que comprovem a prática criminosa, já que ambas as investigadas prestaram serviços como “Digitadoras” em sua empresa.

A mãe foi encaminhada para o presídio após os procedimentos realizados pela polícia no DECA, com acusações de favorecimento da prostituição ou exploração sexual de crianças e adolescentes, estupro de vulnerável e armazenamento de pornografia infantil.

As crianças foram encaminhadas para avaliação psicológica e exame para detecção de violência sexual no CRAI-IGP, por equipes do Conselho Tutelar. As filhas de S.O.L serão levadas a um abrigo conforme orientação judicial.

A operação contou com o apoio da Divisão de Informática e da Divisão de Genética Forense do Instituto Geral de Perícias, bem como do CRAI – Centro de Referência em Atendimento Infantojuvenil e das equipes do Conselho Tutelar.

Essa ação faz parte da Operação Caminhos Seguros, que tem como objetivo combater crimes e exploração sexual infantojuvenil durante o mês de maio. Participaram da operação 20 policiais civis e 6 viaturas policiais.

As condutas dos investigados revelaram uma total falta de pudor, discernimento, zelo e proteção, que são responsabilidades maternas essenciais. Tratar as filhas como mercadorias e submetê-las a favores sexuais são atos de extrema gravidade.

A proteção integral da criança, especialmente no que diz respeito a abusos sexuais, é uma preocupação constante do Estado e garantida constitucionalmente no artigo 227, caput, em conjunto com o § 4º da Constituição Federal da República. (REsp 1.028.062/RS, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA, julgado em 02/02/2016, DJe 23/02/2016.)

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