Melo diz que não fará ‘higienização’ na cidade, mas que não admite pessoas dormindo em barracas, por Kyane Sutelo/Correio do Povo
A prefeitura de Porto Alegre reuniu mais de 30 agentes públicos, municipais, estaduais e federais, para debater a rede de atendimento a pessoas em situação de rua em Porto Alegre. “Nós convidamos hoje os poderes federal e estadual, junto com o municipal, para dividirmos essa política pública, porque, realmente, a situação está muito difícil”, afirmou o prefeito Sebastião Melo.
Na ocasião, o secretário de Desenvolvimento Social de Porto Alegre, Leo Voigt, apresentou a situação atual da rede municipal, com 11 equipes de abordagens nas ruas, 950 vagas em pousadas, albergues, abrigos e Centros POP e mais de 2 mil pessoas em situação de rua. “Nós temos que dar um passo adiante. O nosso governo não é um governo que vai fazer higienização na cidade, é de acolhimento”, afirmou o prefeito Sebastião Melo. Mas complementou: “Eu não vou permitir mais essa quantidade de barracas que tem na cidade”. Diante desse impasse de como retirar essas pessoas das ruas, reduzindo a sensação de insegurança da sociedade, mas de forma acolhedora, a reunião foi de muitos desabafos e algumas proposições.
Está confirmada a abertura de 13 vagas no Abrigo Bom Jesus e 10 no Albergue Dias da Cruz para o período de inverno. A secretaria de Desenvolvimento Social da Capital ainda prevê a inauguração de 2 novos Centros POP, a Casa de Passagem da Fasc e cursos de capacitação para reinserir essas pessoas no mercado de trabalho. Além disso, será realizada uma pesquisa para atualizar o número de pessoas em situação de rua na Capital e serão incluídos nas abordagens pessoas que já estiveram nas ruas, para auxiliar na ação de redutores de danos.
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