Gilmar defende inquérito sobre métodos da Lava Jato: ‘tortura, coisa de pervertidos’, por Rayssa Motta/O Estado de São Paulo

 

 

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta terça-feira, 9, na sessão de julgamentos da Segunda Turma, que a Operação Lava Jato praticava ‘tortura’ e defendeu uma investigação sobre os métodos usados pela força-tarefa.

“Teria que ter inquérito para saber o que se passou. As pessoas só eram soltas, liberadas, depois de confessarem e fazerem acordo. Isso é uma vergonha e nós não podemos ter esse tipo de ônus. Coisa de pervertidos. Claramente se tratava de prática de tortura usando o poder do Estado”, afirmou.

O decano do STF afirmou que, após ler o livro escrito pelo empresário Emilio Odebrecht, ficou convencido de que a força-tarefa de Curitiba forçou delações premiadas.

“São páginas que envergonham a Justiça. O que se fez em Curitiba, nessa chamada República de Curitiba, com a Lava Jato, nós temos que fazer um escrutínio muito severo, porque se trata de algo extremamente grave”, seguiu o ministro.

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