Lula e ministros bloquearam críticos, em contradição com PL das Fake News, por Juliana Braga e Guilherme Seto/Folha de São Paulo

O bloqueio de usuários nas redes sociais, prática que passaria a ser proibida para autoridades se aprovado o PL das Fake News, ocorre entre ministros e já foi usada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O Painel identificou bloqueios de usuários feitos pelo presidente e por ao menos cinco ministros no Twitter: Fernando Haddad (Fazenda), Márcio França (Portos), Silvio Almeida (Direitos Humanos), Paulo Pimenta (Secom) e Flávio Dino (Justiça).

Os dois últimos participam diretamente das articulações para a aprovação do projeto de lei.

A restrição ao bloqueio por parte de detentores de mandatos e integrantes do Executivo entrou no relatório do deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) como uma contrapartida à exigência de alguns deputados de manter a imunidade parlamentar nas redes sociais.

Segundo a proposta, a conta precisa ser considerada de interesse público e, por isso, deve ser acessível a qualquer cidadão. A proposta é apoiada pelo governo.

Pelo texto, cuja votação foi adiada na última semana, o agente político deverá indicar qual perfil representa o seu cargo ou mandato oficialmente.

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