Financiamento para empresas que exportam para Argentina é negócio de risco, por Rafaela Gonçalves/Correio Braziliense
A proposta de criação de uma linha para financiar as empresas brasileiras que exportam para a Argentina, discutida nesta semana com a visita do presidente Alberto Fernández, pode trazer riscos para o Brasil. A crise cambial argentina tem resultado em perda significativa de reservas internacionais, o que pode levar o país a enfrentar dificuldades para cumprir pagamentos, incluindo importações.
O presidente Lula disse que iria conversar com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para “retirar a faca do pescoço da Argentina” e com outros organismos internacionais, como o Banco dos Brics, para tentar conter a crise. Ele afirmou que o objetivo não é ajudar os argentinos, mas sim aumentar a participação brasileira no comércio do país vizinho, que vem sendo ocupado cada vez mais pela China.
O colapso econômico argentino não é recente, mas a escalada da situação é preocupante e pode impactar as relações comerciais com o Brasil. Dados levantados pela Vixtra, fintech de comércio exterior, junto à Secretaria de Comércio Exterior, mostram que, de 2013 a 2022, as exportações do Brasil para a Argentina caíram de US$ 19,6 bilhões para US$ 15,3 bilhões.
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