Envolvidos em corrupção, ex-tesoureiros do PT tentam reescrever história, por Hugo Marques/Veja
Durante muitos anos, Delúbio Soares foi muito mais que o tesoureiro oficial do PT. Além de um dos fundadores do partido, o ex-professor de matemática participou ativamente da construção da sólida e imensa estrutura financeira e política que levou Lula à Presidência da República em 2003. Essa dupla militância também foi responsável por sua ruína.
Em 2012, ele foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a seis anos de prisão por envolvimento no escândalo do mensalão. Depois disso, a Lava-Jato detectou as digitais dele no petrolão, o que lhe rendeu mais uma condenação por corrupção e lavagem de dinheiro. Delúbio cumpriu pena na penitenciária da Papuda, em Brasília, e, desde que foi solto, submergiu. Parecia abandonado. Não deu as caras na campanha do ano passado nem havia sido incluído na leva de militantes “resgatados” do ostracismo depois da volta do PT ao poder — até agora.
O ex-tesoureiro, assim como outros petistas na mesma situação, está reescrevendo a própria história. Delúbio foi o operador de um esquema de compra de apoio parlamentar no primeiro governo Lula. O PT, de acordo com julgamento no STF, subornava congressistas com dinheiro desviado dos cofres públicos.
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