A Filó é nossa!, por Xico Graziano/Poder 360

 

 

Por decisão judicial, a capivara Filó foi devolvida, sob guarda provisória, ao seu querido dono, Agenor Tupinambá. Ambos ficaram muito felizes. Nós, também. Porém,
por que o Ibama tentou tirar o bicho amigo do jovem?

Por detrás dessa novela, cujo final ainda é incerto, se encontra uma espécie de jaboticaba do ecologismo brasileiro: a oposição ideológica que se faz entre os termos “exótico” e “nativo”. Vou explicar.

Os 2 conceitos, em si próprios, são normalmente aceitos e amplamente utilizados no mundo da biodiversidade. Nativo, ou silvestre, são os animais e os vegetais originários da fauna e da flora típicas dos biomas locais. O exótico não, este pertence ao estrangeiro, veio de fora. A ciência mostra que seres exóticos, quando introduzidos em ecossistema distinto do original, podem causar distúrbios. O fenômeno é explicado pelo fato de, ao não pertencerem evolutivamente àquele ecossistema, não terem inimigos naturais que os controlem.

Podem, em decorrência, virar uma espécieproblema. Uma praga. Há casos variados, e famosos, de plantas e animais exóticos que se tornaram um difícil problema ambiental em todo o mundo. Os javalis, caramujos, a píton, o mexilhão dourado, o peixe-leão; entre as plantas, a leucena, a cheflera, o água-pé, bambus, samambaias.

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