ChatGPT: Como a inteligência artificial se prepara para agitar o jogo político global/RFI

 

 

O bot (robô) de Inteligência Artificial (IA) ChatGPT passou em exames escolares, escreveu poesias e foi implementado em redações. Agora, políticos de todos o mundo procuram utilizar seus “serviços”, mas os especialistas alertam contra a rápida adoção de uma ferramenta também famosa por fabricar “fatos”. O chatbot, lançado em novembro do ano passado pela empresa norte-americana OpenAI, rapidamente se tornou o centro das atenções na política, especialmente como uma forma de marcar pontos.

Recentemente, o primeiro-ministro japonês Fumio Kishida foi golpeado diretamente pelas argumentações de um bot quando respondia a algumas perguntas inócuas sobre a reforma do sistema de saúde, feitas por um deputado da oposição.

Sem o conhecimento do primeiro-ministro, seu adversário havia gerado as perguntas com o ChatGPT. Ele também gerou respostas que, segundo ele, eram “mais sinceras” do que as de Kishida. O premiê japonês rebateu dizendo que suas próprias respostas tinham sido “mais específicas”.

A chefe de um sindicato francês, Sophie Binet, seguiu a tendência quando avaliou de forma irônica um discurso recente do presidente Emmanuel Macron como um texto que poderia ter sido escrito pelo “robô do ChatGPT”.

Mas o bot também tem sido usado para escrever discursos e até mesmo ajudar a redigir leis. “É útil pensar no ChatGPT e na IA generativa em geral como um produtor de clichês”, disse David Karpf, da Universidade George Washington, nos EUA, durante um recente painel online. “A maior parte do que fazemos na política também é geração de clichês”, argumentou.

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