Lula na China fez declarações e compromissos que ferem interesses nacionais, por Lourival Sant’Anna/O Estado de São Paulo
O presidente Lula fez declarações e compromissos na China que ferem interesses e valores nacionais. Alguns acordos podem trazer benefícios comerciais, mas não justificam a visita de Estado nem compensam as concessões feitas pelo Brasil.
Há uma boa notícia: Lula resistiu às pressões de Xi Jinping para aderir à Nova Rota da Seda, eivada de denúncias de corrupção e empréstimos draconianos. O comunicado final diz que os dois presidentes “manifestaram interesse em examinar sinergias” em investimentos, incluindo a “Iniciativa do Cinturão e da Rota”.
Criado pelo ditador chinês em seu primeiro ano no poder, em 2013, o plano investiu cerca de US$ 1 trilhão em 147 países, segundo levantamento do Council on Foreign Relations. O programa é tão opaco que não há informações oficiais precisas sobre ele.
A estratégia é vertebrar o mundo com infraestrutura que facilite o escoamento de alimentos, minérios e energia para a China, cobrando juros altos que, se não forem pagos, resultam na absorção do ativo pelo governo chinês. Para as autocracias da África e da Ásia, os contratos têm as vantagens de não incluir governança contábil nem ambiental.
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