Como a pornografia online mexe com as cabeças infantis/Deutsche Welle

 

 

Segundo uma estatística divulgada em fins de março pela polícia alemã, 41,1% dos que distribuem conteúdos pornográficos envolvendo crianças e adolescentes são, eles próprios, menores de idade. Em muitos casos, sequer estão conscientes de que compartilhar tais materiais no WhatsApp, Instagram, Snapchat e outras plataformas online, é cometer um crime.

A cifra disparou na Alemanha o alarme para o grau de inflitração da pornografia no quotidiano dos jovens e até mesmo crianças. E aqui é importante fazer uma distinção crucial: pornografia infantil e juvenil mostra atos de violência sexualizada e violação de fronteiras envolvendo menores. Os especialistas usam o termo “imagens de abuso infantil”, e produzir, distribuir ou proporcionar acesso a elas é um delito criminal. Pornografia entre adultos, por sua vez, é legal, mas disponibilizá-la para menores constitui igualmente crime.

Embora tenha colocado a ministra do Interior Nancy Faeser numa posição incômoda, a divulgação da estatística não surpreendeu, em absoluto, a psicóloga e psicoterapeuta Tabea Freitag: para ela, trata-se de um “fenômeno iceberg”.

Pois quem consome e compartilha conteúdos de abuso sexual infantil em geral se dessensibilizou, após assistir a horas e horas de pornografia adulta – embora, segundo o Artigo 184 do Código Penal alemão, também seja ilegal disponibilizar a menores de 18 anos tal tipo de material.

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