‘A adoção do teto de gastos foi o ajuste mais perverso da economia’, diz presidente da Abdib, por Renée Pereira/O Estado de São Paulo

 

 

O presidente da Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), Venilton Tadini, sempre foi um crítico da ausência de Estado na infraestrutura. Na avaliação dele, não é possível ter avanço do setor sem que haja investimento público. Isso porque alguns projetos não são viáveis economicamente apenas com a iniciativa privada.

Nessa linha, também é um crítico ao teto de gastos que foi implementado nos últimos anos e puniu o investimento do governo. “É o ajuste mais perverso que existe numa economia, porque você está acabando com seu capital fixo para o potencial de crescimento futuro.” O executivo diz estar otimista com a nova proposta de controle de gasto público apresentado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo ele, apesar da preocupação com a responsabilidade fiscal, será possível voltar a investir.

Outro ponto importante é a retomada da participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no financiamento do setor. Para isso, no entanto, será necessário rever a taxa TLP, adotada nos últimos anos, diz Tadini. “Isso é um equívoco. Ela não permite que uma agência de fomento, como é o BNDES, tenha um papel anticíclico em momentos de dificuldades, de período de recessão na economia.”

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