Ensino de qualidade transforma vidas, por Roberto Rodrigues/O Estado de São Paulo

 

 

Há alguns anos, ouço pais e mães de alunos do fundamental 1 e 2 de bons colégios públicos e privados se queixarem de textos de livros e apostilas escolares que tratam a agropecuária, os produtores rurais e o setor agrícola de forma bastante negativa.

Em muitos casos, pareceu-lhes que tal visão tinha um componente ideológico contrário ao modelo de desenvolvimento que transformou o Brasil numa potência agroambiental, alimentando hoje cerca de 10% da população do planeta com qualidade e ampla aceitação em mais de 190 países.

Isso explicaria os desvios de muitos materiais chamados didáticos que trazem inverdades sobre o setor rural, além de ausência de embasamento científico em conteúdos que podem trazer ao imaginário de crianças uma visão distorcida e negativa sobre ele, e até uma má vontade contra o campo que, no limite, poderia criar uma oposição ao progresso do País.

Há dois anos, surgiu um movimento de mães e pais no interior de São Paulo, arguindo mais objetivamente essa questão. Liderados por uma jovem mãe de Barretos, Letícia Jacintho, o movimento cresceu e se fortaleceu até ser criada uma entidade com profissionais multidisciplinares para coordenar ações concretas: a Associação de Olho no Material Escolar (DONME). Atualmente, está presente em 16 Estados, e vem realizando inúmeras atividades em busca de sensibilização de editoras, Parlamentos, governos, imprensa e sociedade para a valorização do papel do agro na economia e bem-estar social. Só em 2022, foram realizados 62 eventos educativos em exposições agropecuárias pelo País, com mais de 9 mil alunos sensibilizados. A direção estabeleceu diálogo com o Ministério da Educação e vem trabalhando com abertura por parte das grandes editoras do País.

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