A fábrica de sem-terras, por Xico Graziano/Poder 360
O MST (Movimento Sem-Terra) afirma que existem 100.000 trabalhadores “sem-terra” acampados à espera da reforma agrária.
Será verdade? Sei não. Em 1995, quando tomei posse na presidência do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), existiam 40.000 pessoas acampadas na beira das estradas do país. Naquela época, havia um drama real no campo, criado pela intensa mecanização das lavouras. O capitalismo agrário se fortalecia e expulsava gente das fazendas.
Nesse contexto, logo no 1º ano do governo FHC foram assentadas 42.900 famílias em projetos de reforma agrária. Nunca isso tinha ocorrido. Tal ação, porém, não sossegou o MST. Pelo contrário, as invasões de terras se aceleraram. Até o final do período FHC (1995-2002) cerca de 540 mil famílias acabaram recebendo lotes do governo. Uma enormidade. Mas, logo que Lula assumiu, em 2003, o MST exigiu o assentamento de 1 milhão de famílias. Uma loucura. Ficava claro que a demanda por
terra era fabricada pela política.
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