Planalto teme repercussão de fala de Lula sobre Moro após operação e Secom fala em ligação perversa, por Weslley Galzo/O Estado de São Paulo
O Palácio do Planalto está preocupado com o uso político pela oposição da fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de que, no período em que esteve preso em Curitiba, dizia a procuradores e delegados que só iria “ficar bem quando foder com o Moro”. A declaração de Lula, embora tenha sido feita ontem, ganhou projeção nesta quarta-feira, 22, após a Polícia Federal (PF) cumprir mandados de busca e apreensão contra integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) que arquitetavam atentados contra autoridades e servidores públicos, dentre eles o senador Sergio Moro (União Brasil-PR).
Com Lula fora de Brasília para participar de eventos de entregas de obras, o ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta (PT), convocou uma coletiva de imprensa às pressas para declarar que as tentativas de associar o presidente às ações de grupos criminosos são “perversas” e “fora de propósito”. Pimenta chamou os jornalistas para apresentar a versão do governo com apenas 15 minutos de antecedência e foi acompanhado de ao menos cinco assessores.
“Tentar, como algumas pessoas estão tentando, estabelecer um vínculo entre essa declaração e a operação conduzida pela PF é algo absolutamente fora de propósito e serve evidentemente para a disputa política”, afirmou Pimenta.
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