Seca sem precedentes afeta agricultura e agrava crise argentina; Bloomberg Línea
A iminente recessão da Argentina será mais profunda do que o esperado, já que uma das piores secas da história recente devasta as exportações agrícolas cruciais para a economia.
O Produto Interno Bruto da segunda maior economia da América do Sul, que precisa desesperadamente de dólares americanos, encolherá 3% neste ano, pior do que a previsão anterior de uma contração de 1,5%, de acordo com novas previsões do Itaú Unibanco e da consultoria EconViews, com sede em Buenos Aires.
“É muito ruim”, disse Andres Borenstein, economista-chefe da EconViews. “A oferta de dólares vai ser muito escassa.”
A Junta Comercial de Rosário reduziu sua estimativa de produção de soja na noite de quarta-feira (8) em mais 22% e alertou para novos cortes. A nova cifra de 27 milhões de toneladas seria a menor colheita em 15 anos.
A seca também afeta as safras de soja e de outras culturas no Rio Grande do Sul. Plantações de soja e milho no cinturão de cultivo dos Pampas estão em estágios de crescimento que definem o rendimento, uma época em que mais precisam de água, mas, em vez disso, não há trégua na secura agravada por ondas de calor ferozes.
“A Argentina está sofrendo um cenário climático sem precedentes na história da agricultura moderna”, escreveram os analistas de Rosário liderados por Cristian Russo. “Não há nenhum evento climático no horizonte que nos permita colocar pisos abaixo dos rendimentos ou sob a área que simplesmente não será colhida.”
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