COMENTÁRIO: APOIE QUEM LHE APOIA – A RÃ E O ESCORPIÃO

A versão original desta fábula foi criada pelo grego Esopo, famoso fabulista da antiga Grécia, nascido em Ammonious, na Frígia, e teria vivido entre o século VII e o VI a. C.

A RÃ E O ESCORPIÃO

O rio transbordava e a sua corrente era de tal maneira forte que o escorpião jamais se atreveria a atravessá-lo. Porém, no sítio onde se encontrava, eram escassas as suas possibilidades de sobrevivência. Só um animal habituado a lidar com a corrente poderia salvar o escorpião. Mas quem se atreveria a confiar nele? O escorpião medita e percebe que só um milagre impedirá que esteja perdido.

Nisto o escorpião vê uma rã que se prepara para atravessar este caudal violento e, na sua aflição, não hesita em pedir-lhe socorro. A rã acede sob condição do escorpião respeitar o seu gesto altruísta e não a ferrar com o seu letal veneno. O escorpião aceita o pedido da rã, mais que legítimo, e monta-se sobre o seu dorso podendo assim atravessar o rio.

Porém, já perto da outra margem, o escorpião cravou o ferrão na bem-intencionada rã que em voz débil lhe perguntou: “Como foste capaz de me fazer isto depois de tudo o que eu fiz para te ajudar? Não vês que vou morrer?”

O escorpião fita a rã e diz-lhe: “Que queres? Está na minha natureza!..”

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