É ISSO AÍ, MANU

Manuela D’Ávila, a nossa Manu, está plena de razão quando posta nas redes sociais que “a máquina de fakenews está a todo vapor”.

Hoje a “máquina” tem esse nome, mas já foi conhecida como a máquina de moer reputações que a esquerda brasileira patenteou quando disparava calúnias, injurias e difamações contra seus adversários.

Manu teve o seu nome citado nas investigações da Polícia Federal pelo hacker Walter Delgatti Neto.

É algo estranho. O hacker teria pedido para Manuela o celular de Glenn Greenwald e ela o repassou.

O estranho é que Delgatti invadiu o celular de Manu, mas não conseguia chegar a Greenwald.

O hacker de todos os hackers, o grampeador de celulares das principais autoridades brasileiras, deu uma de auxílio à lista.

Claro que Manu atendeu ao pedido como ela mesma admitiu e divulgou no seu Twitter.

A nossa simpática comunista está “no exterior em atividades programadas desde o início do ano” e logo imaginei que estivesse, pela ordem, na Coréia do Norte (seu partido já deu demonstrações de solidariedade ao gordinho fogueteiro), Venezuela, Cuba, Vietnam, ou talvez na nostálgica Albânia. Nada disso. Manu, seu marido, o músico Duca Leindecker, e sua filha estão em Edimburgo, Escócia – esse belíssimo país capitalista de paisagens e lojas sofisticadas.

Sim, Manu é comunista e uma das grandes lideranças do PCdoB, e daí?

Ela é diferente de outros comunistas e esquerdistas que veneram o esplendor consumista do mundo capitalista?

Consta que Leonid Brejnev só usava trajes Armani e Valentino.

Salientar tais contradições é coisa de jornalista de direita. Manu tem o sagrado direito de optar por suas preferências consumistas e não precisa dar satisfações a ninguém, a não ser agora para a Polícia Federal já que seu nome foi citado na Operação Spoofing.

Os comunistas administram muito bem suas contradições.

Assim como Gomez, personagem de Sartre, que era comunista por que não conseguia ser Gomez.