A FARRA DAS VERBAS UNIVERSITÁRIAS

Neste país que tem o “dom” de desmoralizar até mesmo as suas instituições, não é de se admirar que o sistema educacional superior público também tenha caído na gandaia. Já estava na hora de o governo que sustenta essas universidades com o dinheiro de nossos impostos acabar com a farra das verbas destinadas a elas e o ministro da Educação, Abraham Weintrab, com a tesoura do bom senso cortou 30% dos recursos destinados a três universidades federais: Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal Fluminense (UFF) e Universidade Federal da Bahia (UFBA).

E o corte tinha um bom e corajoso motivo, diante dos constantes atos políticos em seus campi , classificados pelo ministro como “balbúrdia”.

Segundo Weintraub, universidades têm permitido em suas instalações eventos políticos, manifestações partidárias ou festas inadequadas ao ambiente universitário. “A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo”, disse. Ele deu exemplos do que considera bagunça: “Sem-terra dentro do campus, gente pelada dentro do campus”. E concluiu:

“A universidade deve estar com dinheiro sobrando para fazer bagunça e evento ridículo”. Alguém ainda duvida no que se transformou o ensino público universitário? Com as raríssimas exceções de sempre, as aulas cederam espaço para comícios esquerdistas seguindo a orientação gramsciana, cuja matriz é o marxismo. Vem daí o projeto de desmoralização citado na abertura deste comentário o qual surfa nas ondas da universidade pública com destaque para a área de Ciências Humanas.

O clássico conceito que define a universidade como berço da disseminação do pensamento da civilização ocidental e cristã (nosso caso), baseado nos ensinamentos de Sócrates, Platão, Aristóteles, entre tantos outros da mesma estirpe, vem sendo alterado no ensino superior desde que o PT assumiu o governo federal.

Os grandes filósofos e pensadores que forjaram a nossa cultura foram substituídos, aos poucos, nas salas de aula pelo marxismo tosco de Antônio Gramsci no projeto tupiniquim conhecido como “imunização cognitiva” – tema já tratado aqui neste espaço.

O ministro Abraham Weintraub está absolutamente certo ao cortar verbas da universidade pública e que ele não pare apenas nas três atingidas. Na sua primeira entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo”, Weintraub foi direto no assunto já pensando nos cortes orçamentários.

“A politica para as universidades tem de respeitar os pagadores de impostos. Quando vão na universidade federal fazer festa, arruaça, não ter aula ou fazer seminários absurdos que agregam nada à sociedade, é dinheiro suado que está sendo desperdiçado num país com 60 mil homicídios por ano e mil carências.”