LAVA JATO NA EDUCAÇÃO

“Há algo de muito errado acontecendo nas prioridades ensinadas e nos recursos aplicados” – assim se manifestou o presidente Jair Bolsonaro para sinalizar uma grande investigação no setor educacional do país. Em 2003, o Brasil gastava R$ 30 bilhões em Educação e, em 2016, gastou quatro vezes mais, chegando a R$ 130 bilhões.

Estes R$ 100 bilhões a mais em 13 anos não ampliaram qualquer melhoria do ensino público, mas, ao contrário, jogaram o Brasil para o penúltimo lugar no ranking de qualidade na Educação, em 2017,de acordo com o teste conhecido como “The Learning Curve” (curva do aprendizado). O método é da Pearson International, aplicado em 40 nações, a partir de três testes com alunos do ensino fundamental.

Ficamos em 39º lugar, na frente apenas da Indonésia. O Brasil tem tradição em ficar nos últimos lugares nos rankings, mesmo gastando mais em educação do que a média de países desenvolvidos, considerando os percentuais aplicados sobre o PIB. A máquina pública educacional está eivada de caminhos tortuosos de corrupção e todo esse fantástico volume de dinheiro não se traduz em bons resultados educacionais.

Além dos desvios pedagógicos com uma agenda de lavagem cerebral dos alunos que vai do ensino fundamental ao acadêmico, os nichos de corrupção iniciam no desvio de merenda escolar, da compra do livro didático, chegando ao Olimpo do ensino universitário, como demonstram as operações da Polícia Federal em diversas universidades federais brasileiras. Bolsonaro tuitou certeiramente ao afirmar que pretender mudar as diretrizes educacionais implementadas ao longo de décadas.

“É preciso impedir o avanço da fábrica de militantes políticos para formarmos cidadãos”. É o que o lado decente do Brasil espera do seu presidente.