ARMAS PARA O LADO DECENTE DO PAÍS

Uma velha anedota suíça reza que o príncipe alemão Wilhelm Hohenzollern, certa vez, quando em visita a Suíça, foi convidado a assistir a um dos inúmeros treinamentos militares a que os cidadãos desse país são submetidos.

A um dado momento perguntou ao comandante do exercício:

“Quantos homens em armas você possui?”

Foi-lhe respondido:

“Um milhão”.

O príncipe, posteriormente Kaiser da Alemanha, então indagou:

“O que você faria se cinco milhões de meus soldados cruzassem sua fronteira amanhã?”

Ao que o comandante suíço replicou:

“Cada um de meus homens daria cinco tiros e iria para casa!”

O suíço acostumou-se a ter uma arma em casa e calcula-se que existem hoje em torno de dois milhões de cidadãos armados (armas de caça, pistolas e fuzis das Forças Armadas que são levados para casa, após o serviço militar), para uma população de oito milhões de habitantes.

Nos últimos dez anos morreram, em média, por ano, 49 pessoas, vítimas de armas de fogo, mas outro estudo aponta que armas militaram causam 300 mortes anuais. Em termos estatísticos, 25% dos suíços estão bem armados o que no Brasil seria uma população de 50 milhões de brasileiros.

A Suíça está no primeiríssimo mundo e a última vez que ocorreu um conflito armado foi em 1848, na Guerra de Sonderbrund , quando se lutava pelos Direitos Civis contra o feudalismo. Várias tentativas de invasões estrangeiras foram consideradas ( a última, por Hitler, na Segunda Guerra Mundial), todas abortadas por que em cada residência suíça há cidadãos armados e treinados para defender o país, além de o território ter uma topografia de difícil conquista.

Houve um tempo na história de nosso país que os cidadãos também tinham armas em casa para se defender de assaltantes e de invasores estrangeiros. Estou falando do Rio Grande do Sul sempre ameaçado em sua fronteira internacional com o Uruguai e a Argentina e não por acaso que cultural e estrategicamente os gaúchos tinham pequenos arsenais domésticos.

As armas legais só foram retiradas das mãos dos brasileiros decentes quando o PT assumiu o poder e sancionou o Estatuto do Desarmamento, assinado por Lula da Silva, em 23 de dezembro de 2003, chancelando um projeto de autoria do senador Gerson Camata, assassinado no final do ano passado, por um desafeto pessoal, usando uma arma ilegal.

Mais do que uma lei visando diminuir os crimes por arma de fogo, tratava-se de um projeto de cunho ideológico seguindo a lógica marxista de que a dominação de um povo começa tirando as armas da população.

Em 2005, um Referendo disse “não” à proibição de comercialização de arma de fogo e munição, com o apoio de 63,94% da população.

No RS, o “não” alcançou 86,83%, mas o ED foi mantido e o resultado desrespeitado pelo governo petista. Agora, o presidente Jair Bolsonaro vai cumprir mais uma promessa de campanha, assinando,a liberação da posse de armas como era antes de 2003. Jamais seremos como a Suíça, mas a bandidagem vai pensar duas vezes em nos assaltar, fazer arrastões e pular a cerca de nossas casas.