UMA FESTA DEMOCRÁTICA
Pela primeira vez, numa posse presidencial desde Fernando Collor, não se viu uma bandeira vermelha entre a multidão que veio a Brasília para a festa democrática da dupla Bolsonaro-Mourão.
Tudo funcionou como fora previsto, sem incidentes e com uma demonstração de eficiência no dispositivo de segurança montado pelas autoridades responsáveis pela solenidade. Bolsonaro fez dois discursos afinados com o que pregou durante toda sua campanha eleitoral. Na cerimônia de posse, no Congresso Nacional, falou para um plenário com data de validade até 31 de janeiro ( com exceção de 1/3 do Senado) mas com parlamentares reeleitos e interessados na mensagem que transmitiria. Foi claro em temas fortes que lhe garantiram milhões de votos: combate à corrupção, à criminalidade, à irresponsabilidade econômica e à submissão ideológica.
Bolsonaro quer o apoio parlamentar para enfrentar esses problemas e dando a entender que vai bater de frente com o crime organizado e a bandidagem referiu-se à necessidade de respaldo jurídico aos policiais para realizarem o seu trabalho. Respaldo jurídico significa que os policiais serão mais respeitados do que os criminosos por parte dos “garantistas” que soltam bandidos e processam agentes da lei. No parlatório, já como presidente empossado, Bolsonaro falou para o seu povo que esteve na Praça dos Três Poderes, por conta própria, sem “subsídios” sindicalistas ou corporativistas e sem sanduíches de mortadela.
A massa popular verde-amarelo vibrou quando ele disse que vinha para acabar com a “ideologização” das crianças, o “desvirtuamento dos direitos humanos” e a “desconstrução da família”. Já na abertura de seu discurso a reação de aplausos veio quando repetiu o que dizia na campanha: “Me coloco diante de toda a nação, neste dia, como o dia em que o povo começou a se libertar do socialismo, da inversão de valores, do gigantismo estatal e do politicamente correto.”
Neste novo ano que começa, é preciso que o governo empossado não fuja de seu discurso e trate logo de praticá-lo aprovando leis que devolvam ao povo decente deste país a esperança de que aqueles anos sinistros não mais voltarão a prejudicar o nosso desenvolvimento. O povão que gritou “mito, mito, mito” não pode deixar de vestir a camisa com as cores do Brasil.
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