MÁS COMPANHIAS

Venezuela e Cuba são más companhias nos dias de hoje (e nos próximos anos) e nada mais nos liga a duas ditaduras cucarachas que desde os governos petistas só exploraram o nosso país. Em março deste ano, o então ministro da Fazenda Henrique Meirelles, numa reunião em Buenos Aires com seus colegas do G-20, afirmou que a Venezuela estava devendo ao Brasil 1,3 bilhão de dólares. Cuba também nos deve muito dinheiro.

A Disneylandia da esquerda tem um saldo devedor com o banco na ordem de 600 milhões de dólares (dados de setembro deste ano) e conforme o presidente da instituição Dyogo Oliveira os empréstimos para Cuba e Venezuela “não deveriam ter sido feitos e agora precisamos ir atrás do dinheiro”. Já se comenta em Brasília que poderá até ocorrer um rompimento de relações diplomáticas com os dois países, mas, efetivamente, o que de fato existe é que Venezuela e Cuba não se farão representar na posse de Jair Bolsonaro.

O protocolo do Itamaraty convidou todos os países com representação diplomática no Brasil, mas logo depois dos convites expedidos, dois deles foram cancelados – para Cuba e Venezuela. O novo governo quer se distanciar desses países que nos governos petistas aproveitaram os créditos concedidos para obras que poderiam ser construídas aqui no Brasil, como o metrô de Caracas e o porto de Mariel, em Cuba, mas hoje sabemos o principal motivo daqueles investimentos.

As empreiteiras brasileiras beneficiadas com os contratos no exterior engordaram os cofres da corrupção e a Lava Jato demonstrou o incrível propinoduto criado pelo assistencialismo do PT a alguns “países amigos” do Brasil. Talvez um rompimento de relações diplomáticas não seja o melhor comportamento do novo governo já que o Brasil não tem essa imagem agressiva no convívio entre as nações civilizadas de nosso planeta, mas um afastamento de Cuba e Venezuela já está sendo praticado a partir do “desconvite” para a solenidade do primeiro dia do ano, em Brasília.

O ato de desconvidar, seja ele pessoal (uma festa entre amigos), institucional (entre poderes da República) ou diplomático (caso venezuelano e cubano) sempre transparece um clima de deselegância após os convites serem expedidos, neste caso, o “estrago” está feito.

Fica claro que o Brasil seguiu o que se atribuiu a John Foster Dulles (secretário de Estado dos EUA, em 1958 – cargo equivalente ao de Ministro das Relações Exteriores) que disse que “não há países amigos, mas interesses comuns”.

O novo governo brasileiro a partir de 1º de janeiro de 2019 não considera mais como “amigos” Cuba e Venezuela, ambos tratados a pão de ló por Lula e Dilma.

O que Bolsonaro quer de ambos é que paguem suas dívidas com o BNDES. Contabilmente falando, o BNDES emprestou dólares para Cuba e Venezuela com aval do Tesouro Nacional. E o aval foi dado com o consentimento do Congresso Nacional. Ou seja, a dívida é com o povo brasileiro. E ninguém arreganha os dentes para caloteiros.