ENTENDA O FANATISMO DA ESQUERDA
Em 2014, Aécio Neves quase derrotou Dilma Rousseff. Quase. Hoje, passados quatro anos, Aécio Neves teve a sua vida devassada e os mais de 50 milhões de eleitores que votaram nele se transformaram em mais de 50 milhões de brasileiros decepcionados. Por que Lula, Zé Dirceu e tantos outros petistas envolvidos e até condenados na Lava Jato, portanto iguais ou piores que Aécio, ainda arregimentam defensores e descrentes das acusações graves que os levaram à cadeia? A
neurociência explica cientificamente com uma definição que se encaixa nessa militância esquerdista: imunização cognitiva. Trata-se de uma blindagem mental que “congela” determinados valores em pessoas crentes, mesmo que tais valores não sejam verdadeiros, depois de uma demonstração real de uma grande farsa. Diz a neurociência que uma pessoa imunizada cognitivamente abandona a lógica e a verdade para se abrigar no terreno da fé. Até mesmo parte do mundo acadêmico, do mundo artístico e intelectual defende em público o indefensável. Os condenados da Lava Jato, em especial Lula, “talvez tenham cometido erros”. Somente erros, jamais crimes bem definidos no Código Penal Brasileiro. Aqueles que assim pensam já passaram pelas fases do processo de imunização cognitiva.
A primeira fase é a do isolamento de quem tem opiniões contrárias como proteção de suas ideias. Na segunda, o esquerdista passa a ler e ouvir apenas as opiniões na mesma linha de seu credo. Nos estados totalitários as primeiras vítimas são a imprensa e a oposição. Em seguida, inicia-se o processo educacional com opiniões selecionadas com autores e textos cuidadosamente escolhidos para se ter apenas uma visão de mundo. A terceira fase é a de ligação de dogmas a emoções poderosas. Quem peca vai para o inferno assim como se você não votar em determinados candidatos sua vida vai piorar (Bolsa Família, por exemplo).
A quarta fase é o trabalho de grupos que visam atingir outros pensamentos ainda resistentes. A fase final é o método da repetição sistemática, como uma ladainha ou um mantra como se fosse um aprendizado, assim como “não vai ter golpe”. A repetição é a cristalização da imunização cognitiva, impedindo que o fanático pense até hoje nos argumentos do impeachment de Dilma. Especialistas em psicologia de massas sabem que nossas mentes trabalham para proteger nossas crenças da avaliação da verdade e da mentira. Os imunizados não se convencem de provas reais, como recibos, vídeos, testemunhos, etc.
É o torpor cognitivo. Lula erradicou a pobreza, a crise econômica mundial no Brasil foi uma “marolinha” e o capitalismo e a burguesia são os males do mundo (não é mesmo, Colégio Rosário?). Não é difícil a identificação dos possuídos pela imunização cognitiva. Eles estão presentes no cotidiano brasileiro, mas não esperavam a derrota na última eleição.
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