BANDIDO BOM É BANDIDO MORTO
É assim mesmo que pensa o governador eleito do Rio de Janeiro Wilson Witzel: quem estiver portando um fuzil e não seja alguma autoridade civil ou militar será abatido por snipers devidamente treinados para operações que exijam homens com pontaria precisa.
Quando a maioria dos leitores desta coluna ainda não conhecia Wilson Witzel escrevi sobre ele dizendo que seria o homem certo para governar o Rio de Janeiro que tem como o seu maior dilema estar sob o controle do crime organizado. Na última terça-feira, numa entrevista à Globo News, Witzel, com muita elegância e paciência, desmontou os “argumentos” das apresentadoras que estavam cheias de “mimimi” quando ele disse que vai treinar atiradores de elite para abater criminosos em favelas. “Mas se uma pessoa estiver com um guarda-chuva ou uma furadeira e isto for confundido com um fuzil?” – perguntou uma delas. “Raramente sniper atira em quem está de guarda-chuva e muito menos em quem está com furadeira”, respondeu o futuro governador.
A pergunta surgiu por que houve episódios em que inocentes foram baleados confundidos com bandidos. Ele lembrou que na segunda-feira passada, numa favela, cinco bandidos portavam e exibiam fuzis e foram filmados por um helicóptero. “Se fosse uma operação que tivesse nossos homens autorizados a realizar o abate, todos eles seriam eliminados”.
Wilson Witzel não fala sobre assunto que não domina. Ele é ex-juiz de uma vara criminal do Rio de Janeiro e ex-oficial da Marinha, portanto, conhece a lei e o poder das armas de fogo.
Será que a bandidagem do Rio de Janeiro entendeu o recado? Será que ainda veremos desfiles em picapes com marginais exibindo suas armas modernas bem ao estilo do Estado Islâmico pelas ruas de cidades controladas no Oriente Médio por essa organização terrorista islâmica?
O governador eleito não está blefando. Ele vai aplicar uma tolerância zero que poderá limpar o Rio de Janeiro de uma marginália absolutamente impune e dona de importantes áreas da ex-Cidade Maravilhosa.
Witzel pensa como os militares que hoje participam da intervenção federal na Segurança Pública. Qualquer civil que estiver portando de maneira ostensiva um fuzil não tem boas intenções. Mais do que isso: é um bandido em situação de ser abatido.
“Fuzil na mão? É uma ameaça. Ele vai usar o fuzil para atacar quem quer que seja na frente dele” – explicou Witzel às jornalistas que faziam a entrevista com um perfil de defesa dos direitos humanos da bandidagem.
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