POR QUE A PETROBRAS QUASE NÃO TEM CONCORRENTES NA PRODUÇÃO DE COMBUSTÍVEL, por Juliana Elias/CNN Brasil Business/SP

 

 

Com o preço dos combustíveis em escalada vertiginosa nas últimas semanas, o governo corre atrás de uma forma rápida de controlar os impactos que os preços mais altos têm para os fretes e os consumidores, em um momento em que a economia cambaleia aos efeitos de uma pandemia que já se arrasta há um ano.

Troca do presidente da Petrobras, corte temporário de alguns impostos, proposta para mudar outros e discussões para criar um fundo de subsídio às variações são algumas das medidas executadas ou aventadas pelo governo de fevereiro para cá, em resposta às incômodas altas do diesel e da gasolina. Puxados por uma disparada do dólar e do petróleo no mundo, os dois já ficaram mais de 40% mais caros nas refinarias do país em pouco mais de dois meses neste ano.

Para muitos, uma solução permanente e de longo prazo para os combustíveis caros, sem precisar depender da mão do governo, que pode mudar a política conforme muda a gestão, passa, necessariamente, por ter mais concorrência no mercado de refino no Brasil.

O refino é a área da indústria petrolífera que transforma o petróleo bruto em seus derivados, como gasolina, diesel, querosene, lubrificantes, nafta e outros. No Brasil, ela é virtualmente monopolizada pela Petrobras: o país tem hoje 17 refinarias, das quais 13 são da estatal e respondem por 98% da produção. Essa produção doméstica, por sua vez, entrega por volta de 80% de tudo o que é consumido internamente. Os 20% restantes vêm de importadoras privadas que complementam o mercado.

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