A Mente Esquerdista As Causas Psicológicas Da Loucura Política, por Lyle H. Rossiter
“Este livro é sobre a natureza humana e a liberdade humana, e a relação entre elas. Seu conteúdo é o resultado de meu interesse de toda a vida em saber como funciona a mente.
É uma tentativa de conectar mecanismos da mente a certas condições econômicas, sociais e políticas, aquelas sob as quais a liberdade e a ordem podem florescer. Embora eu tenha empreendido esforços vigorosos para seguir as pistas da razão, não escrevi este livro apenas por interesse intelectual. Em seus esforços “para formar uma União perfeita”, os fundadores da América tinham a intenção de estabelecer a justiça, assegurar a paz, garantir a defesa da nação, promover seu bem-estar geral e proteger as bênçãos da liberdade.
Mas o século XX inteiro, e o início do XXI, têm testemunhado ataques incansáveis do esquerdismo a todos esses objetivos. Embora contundentemente deficientes em termos de substância política, esses ataques têm sido, não obstante, bem-sucedidos na exploração da natureza psicológica do homem para propósitos socialistas.
Combater a destrutividade desses ataques requer uma compreensão clara da relação entre a psicologia humana e o processo social. Espero que este livro faça uma contribuição, ainda que mínima, a esse propósito”
Dr. Lyle H. Rossiter
Trecho do livro:
O bom caráter, como incorporação de certas virtudes, não é um ideal importante. As disposições individuais de se comportar com honestidade, integridade, responsabilidade, autonomia, reciprocidade e confiança nas interações com os outros não devem ser especialmen- te valorizadas ou elogiadas. Mais geralmente, deve-se evitar julgar as ações de outra pessoa com base em padrões de ética, moral ou virtude. Condenar o comportamento de outras pessoas com base no certo e errado, ou no bom e mau, é algo desagradável, maldoso e pode diminuir a auto-estima; mas este mesmo criticismo dos outros, feito pelos esquerdistas, não deve ser sujeito à desaprovação por ser neces- sário à conquista da justiça social. Desvantagens econômicas, sociais ou políticas devem usadas como explicações para maus comporta- mentos por qualquer definição, e tais explicações devem ser compre- endidas como desculpas para aquele comportamento. Um indivíduo que comete um ato mau não deve ser responsabilizado pessoalmente pelo que fez, mesmo que o tenha feito com má intenção. À má inten- ção, se presente, não pode ser atribuída à pessoa do perpetrador. Um motivo obviamente criminoso, por exemplo, não deve ser visto como uma falha do ofensor, mas como uma consequência infeliz da dureza infligida sobre o mesmo no passado, ou de desvantagens sofridas no presente. Em decorrência dessa dureza e desvantagem serem causadas por outras pessoas e outros fatores, o indivíduo que comete o ato mau deve receber simpatia em vez de ser culpado. À resposta primária da sociedade a tais ações deve ser a de tratar ou reabilitar o ofensor, e não de puni-lo ou de exigir que ele restitua o que tomou. Pessoas des- favorecidas não devem receber tarefas ou obrigações legais ordinárias se tais responsabilidades forem penosas para elas. 310 A MENTE ESQUERDISTA 19. Essas considerações também se aplicam ao comportamento alegadamente bom ou mau de nações e grupos religiosos e étnicos, in- cluindo vários tipos de atos terroristas que infligem morte e danos de- vastadores a pessoas aparentemente inocentes. Julgamentos morais e éticos sobre o que indivíduos ou grupos fazem no cenário internacio- nal devem ser evitados até que seja feita uma análise mais profunda de seus motivos e do contexto econômico, social e político no qual os atos ocorreram. Retaliações, especialmente do tipo militar, não devem ser iniciadas contra terroristas, pois isso apenas piorará o problema e causará ainda mais destruição. Empatia, compreensão, negociação, concessão e conciliação são muito mais eficientes na resolução desses conflitos culturais, que são a causa-raiz do problema. Em geral, os criadores da política externa dos EUA devem assumir que o imperia- lismo americano e a exploração capitalista de outros povos têm sido fatores principais na provocação de atos agressivos por outras nações ou por grupos religiosos e étnicos. 20. No interesse da justiça social, é tarefa do Estado determinar quais grupos ou classes de pessoas sofrem de deficiências na seguran- ça material e no status social e político, e para curar essas deficiências por meio de iniciativas do governo. O Estado deve fornecer benefi- cios a pessoas de sua escolha com base na necessidade percebida, ou em certos tipos de desigualdade, ou no sofrimento passado, presente ou ancestral. Exceto por considerações de necessidade, desigualda- de e sofrimento, não há critério válido para decidir quais benefícios uma pessoa merece. Nem ela e nem suas ações devem ser julgadas sob qualquer escala tradicional de mérito ou merecimento, porque o relativismo moral e cultural desconstrói adequadamente todos os ar- gumentos baseados nessas escalas, mas não os argumentos baseados na percepção do Estado de necessidade, desigualdade e sofrimento. Os conceitos tradicionais de mérito e merecimento são em si mesmos injustos, fraudulentos e nocivos às sensibilidades daqueles que são culpados injustamente por atitudes erradas, negligência, preguiça ou outras tendências derrotistas. Essas tendências, se presentes, não de- vem ser condenadas como fraqueza, imaturidade, irresponsabilidade ou torpeza moral.
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