Caiu a plataforma marítima de Atlântida

 

 

Um dos principais pontos turísticos do Litoral Norte do Rio Grande do Sul, a plataforma marítima de Atlântida, em Xangri-Lá, desabou na madrugada deste domingo (15).

De acordo com a prefeitura da cidade, a estrutura da plataforma já estava comprometida há pelo menos dois anos, e negociações para reparos do local entre a administração municipal e a Associação dos Usuários da Plataforma Marítima da Atlântida (Asuplama), órgão independente responsável pela manutenção do local, estavam em andamento.

A área da plataforma foi interditada pela associação na sexta após passar por uma inspeção.

A prefeitura pede que surfistas e banhistas tenham cuidado ao entrar na água perto do local.

História

Em fins de 1969, a Castelatur Empreendimentos Imobiliários iniciou a construção da atual plataforma e, simultaneamente, a colocação de títulos patrimoniais no mercado, sendo concluídas em 1973, quando um grupo de cotistas se reuniu e fundou o clube social, que completou 50 anos no dia 11 de junho de 2023.

A plataforma avança 365 metros de extensão, mar a dentro. Tem 8 metros de largura e sua ponta é em forma de “T”, com 52 metros.

Atualmente, a plataforma conta com cerca de 1,4 mil famílias associadas, o que resulta em torno de 5 mil frequentadores do local.

O empreendimento não teve o sucesso esperado e após quase três anos de obras, o empreendedor retirou-se do empreendimento fazendo com que, os subscritores dos títulos tomassem a si sua administração, nascendo então a Plataforma Marítima de Tramandaí Clube de Pesca, na data de 11 de Junho de 1973, como uma sociedade civil de direito privado, com prazo de duração indeterminado com sede e foro jurídico na cidade de Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul-Brasil.

Sua primeira Diretoria foi constituída pelos subscritores das cotas da Castelatur, tendo na ocasião os participantes do empreendimento recebido, cada um, dois Títulos Patrimoniais, tendo hoje um totral de 1.743 sócios efetivos. A Plataforma foi avançando mar adentro 365 metros, sendo 8 metros de largura e, na frente, um “T ” com 52 metros.

Um ótimo local para a pesca de lazer

O recorde foi um cação/mangona de 165 kg. Outra Mangona de 100kg foi pescada por Hilton Caldas. O casal Evilásio Eloy Juchem e Nadir Pereira Piuga capturou um de 84 kg. Conhecido atleta do futebol, Sergio Moacyr Torres Nunes, capturou um de 70 kg. Peixes na casa dos 10 quilos eram comuns. Isto durou até meados da década de 80, quando com o desprezo total pela ecologia o peixe foi desaparecendo, ficando reduzido com raras exceções aos de pequeno porte.

A parte social já estava em desenvolvimento. Sob a liderança do atual Presidente foi adquirido, junto ao Rio Camarão, uma área de terra com 2,5 hectares. Dentro desta área corre um pequeno rio, de nome Pai Manoel. Em conseqüência, a Sede Campestre passou a se chamar “Sede Rio Pai Manoel”. Com um Plano Diretor, estabelecendo etapas seqüenciais de prioridades construtivas, uma boa parte já foi alcançada. Um Parque Infantil fechado, completo em todos os aspectos, duas quadras de Tênis, uma de Padle, uma de Vôlei e Basquete e outra de Futebol Sete. Complexo moderno de banheiros com aquecimento central. Uma inovação: garagens individuais fechadas para barcos, num total de 14, com rampa de acesso ao Rio Camarão e, consequentemente, às lagoas, tanto o leste para o mar como para o norte pela Lagoa Itapeva até Torres.

A Plataforma oferece aos seus associados, além de pesca, variadas opções esportivas na Sede campestre, como Tênis, Padle, Vôlei, Basquete, Bocha, Naútica, Futebol e para as crianças um completo Parque Infantil. Existem dois tipos de provas de pesca: as do calendário da FRAP, das quais duas realizadas na Plataforma, são a prova em comemoração ao aniversário da Plataforma e as já tradicionais 12 horas de Tramandaí. Essas provas contam com a participação de todos os Clubes filiados à Federação. Em grande número são as provas internas, visando a confraternização entre os seus associados e, eventualmente, convidados. Talvez a “Medalha Domingueira” seja a mais interessante para quem se inicia nas provas, como também os jovens.

É uma prova onde o competidor tem liberdade para tudo, bastando apresentar o Peixe capturado ao Árbitro e, ao seu próprio critério, levá-lo para consumo ou devolvê-lo ao mar. São realizadas quatro provas no verão e oito no inverno, sempre aos domingos pela manhã. Ainda entre associados destacam-se as provas de Duplas dos Casais, do Cação, do Papa-Terra e da Família Plataformiana, onde pescam familiares como, por exemplo, o avô e o neto, competindo na faixa etária do neto.

Uma prova já realizada há 23 anos é a Prova Golfinho, homenagem da Plataforma através de suas crianças e de seus jovens à Brigada Militar, pelos relevantes serviços prestados à comunidade, em particular pela segurança que traz aos veranistas através da Operação Golfinho.