Segundo Ana Moser, mundo esportivo é “conservador”, “machista” e E-sports “não são esportes”
Ao sair, ou ser saída do Ministério do Esporte a ex-atleta Ana Moser fez análises contundentes sobre diferentes aspectos do mundo esportivo:
- Conservadorismo e Orientação Política no Esporte:Ana Moser observa que o mundo esportivo é notavelmente conservador e inclinado à direita nos últimos anos. Ela destaca a relutância dos atletas em se pronunciarem politicamente, sugerindo que um modelo antigo e o temor de repercussões impedem o envolvimento político. Ela reconhece que não pode mudar a mentalidade dessas pessoas rapidamente, mas acredita que, gradualmente, os atletas estão começando a se manifestar mais. Ela também destaca que um governo de esquerda pode acelerar esse processo e que a estrutura esportiva está amadurecendo, com o fortalecimento das figuras das comissões de atletas.
- Sexismo no Esporte:Ana Moser afirma que o esporte é um ambiente machista e conservador, onde a meritocracia é valorizada. Ela menciona a relutância de alguns atletas em se posicionar, especialmente durante a última gestão de Bolsonaro, quando os direitistas radicais se tornaram mais proeminentes. Apesar disso, ela destaca algumas figuras femininas, como Isabel, suas filhas e Joanna Maranhão, que se envolveram de forma mais ativa na política. Ana Moser reconhece que o esporte é historicamente um ambiente masculino, mas enfatiza que não se trata de uma mudança instantânea com base em resultados eleitorais.
- Polarização e a Camisa da Seleção Brasileira:Ana Moser critica a polarização política em relação à camisa da seleção brasileira. Ela considera essa situação prejudicial, mas destaca que está diminuindo. Ela argumenta que os símbolos nacionais pertencem ao Brasil como um todo, não a um governante específico. Ela acredita que a divisão causada pela cor da camisa na Copa do Mundo vai se dissipar, à medida que a população rejeita atos extremos e os acampamentos são desmontados.
- Esports vs. Esporte Tradicional:Ana Moser argumenta que os esportes eletrônicos (esports) não devem ser considerados esportes, mas sim uma indústria de entretenimento. Ela enfatiza a diferença fundamental entre o esporte tradicional e os esports, alegando que o último é mais uma forma de entretenimento, onde os jogos são programados digitalmente e previsíveis, ao contrário do esporte tradicional.
Em suas análises, Ana Moser destaca o conservadorismo, a polarização política e o sexismo no mundo esportivo, ao mesmo tempo em que expressa sua visão crítica em relação à categorização dos esports como esportes tradicionais. Suas opiniões refletem sua perspectiva sobre a política, o gênero e a natureza dos esports em relação ao esporte convencional.
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