Roberto Freire destituído da presidência do Cidadania deixa o partido
Roberto Freire foi destituído da presidência do Cidadania e deixou o partido. Ele liderou o partido por mais de 30 anos, mas saiu devido a desentendimentos sobre o caminho que o partido deveria seguir.
O partido estava dividido sobre apoiar ou não o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sobre a sua parceria com o PSDB. Uma reunião da sigla em agosto foi marcada por confrontos verbais.
Plínio Comte Bittencourt, ex-deputado estadual do Rio de Janeiro, assumirá o comando do Cidadania. Freire disse que não saiu voluntariamente, mas foi removido, e anunciou que ficará sem filiação partidária.
O ex-presidente do Cidadania já foi ministro da Cultura de Michel Temer e serviu como deputado federal e senador. Ele apoiou Lula contra Jair Bolsonaro no segundo turno das eleições do ano passado, mas depois da vitória de Lula, criticou as ações do novo governo.
Freire liderava o partido desde 1992, quando a legenda era chamada de PPS, e era filiado desde 1985, no período de redemocratização, quando a sigla se chamava PCB.
O Cidadania tem apenas cinco deputados federais, abaixo do mínimo exigido pela cláusula de barreira. No entanto, por ter feito uma federação com o PSDB, a bancada agora conta com 18 representantes, o que evita penalidades da regra, como a redução do tempo de propaganda e recursos financeiros.
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