Uruguai aprende sobre perigos do comércio ao negociar com China e enfurecer vizinhos do Mercosul/O Estado de São Paulo

A notícia de que o Uruguai estava em busca de um acordo comercial com a China provocou entusiasmo no rancho El Álamo, uma imensidão exuberante de pasto entremeado com cactos e rebanhos de gado nas planícies do leste do Uruguai.

A maior parte do gado tem como destino compradores na China, onde encara tarifas de 12% — mais do que o dobro da alíquota aplicada à carne da Austrália, o maior exportador de carne bovina para a China. Os criadores de gado na Nova Zelândia, o segundo maior exportador, usufruem da isenção de impostos na China.

“Consigam o acordo comercial”, disse Jasja Kotterman, que administra o rancho da família. “Isso igualaria as condições para nós.”

No entanto, o entusiasmo predominante no país sul-americano ultimamente deu lugar à resignação da improbabilidade de que um acordo comercial com a China aconteça tão cedo. O que chamou a atenção como uma nova oportunidade para o Uruguai se transformou em um alerta das armadilhas da política comercial para nações pequenas tentando lidar com realinhamentos geopolíticos complexos.

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