A disfunção instuticional gerada pelo desrespeito à Constituição, por Alexandre Garcia/Estado de Minas

 

 

Quando alguém grita água, água, água, ou quando clama insistentemente por pão, ou desesperado ainda consegue pedir ar, é porque está sedento, faminto ou precisa respirar. Assim, hoje, como todos os dias, a palavra democracia aparece na televisão, no rádio, nos jornais, nas tribunas, na boca de políticos e eleitores. A conclusão é de que está faltando; há sede e fome de democracia, sem a qual as liberdades não respiram e morrem afogadas. Você não consegue passar um dia sem ouvir ou ler dezenas de vezes a bendita palavra, na abundância de sua escassez.

É óbvio que os responsáveis por isso somos nós. Nós permitimos e nós os elegemos. Os que operam as instituições estão lá em nosso nome. Os que escreveram a Constituição e as leis, o fizeram em nosso nome e com o nosso voto. Os que fazem funcionar a administração do estado são nossos servidores. Mas tudo isso fica na teoria, porque na prática os que receberam o poder do povo se sentem donos do estado, da lei e das instituições enquanto muitos tratados como servos, pagadores dos impostos que sustentam os poderes em três níveis – e isso não é democracia, que é o exercício do poder do povo, regido pela Constituição.

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