Lula sinaliza contrariar Marina sobre exploração de petróleo na foz do Amazonas: ‘Difícil não poder’, por Eduardo Gayer/O Estado de São Paulo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou, neste domingo, 21, durante viagem ao Japão, que pode contrariar a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e tomar partido em favor da ala do governo que apoia a autorização da exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas. O Ibama, porém, se posicionou de forma contrária à proposta da estatal, que vai recorrer do parecer.

Lula declarou que, se riscos reais forem identificados, haverá veto à exploração. “Se extrair petróleo na Foz do Amazonas, que é a 530 quilômetros, em alto mar, se explorar esse petróleo tiver problema para a Amazônia, certamente não será explorado. Mas eu acho difícil, porque é a 530 quilômetros de distância da Amazônia, sabe?”, disse o presidente a jornalistas em Hiroshima, após encerrar sua passagem pela cúpula do G-7 no Japão.

Pouco antes, em coletiva de imprensa, Lula voltou a dizer – em meio à queda de braço do governo – que a Amazônia não deve ser transformada em um santuário. “Quem mora na Amazônia tem direito a ter os bens materiais que todo mundo tem”, avaliou.

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