Mucio e Rui Costa de um lado, Janja e PF de outro: futuro do GSI divide o governo, por Sérgio Roxo e Jeniffer Gularte/O Globo

 

 

As discussões sobre o futuro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) após a queda do general Gonçalves Dias têm provocado uma divisão no núcleo central do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O grupo que defende a permanência de um militar no comando da pasta é encabeçada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa. Do outro lado, a favor de que o posto deva ser ocupado por um civil, está a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja.

A saída de Gonçalves Dias, após a divulgação de imagens dele no Palácio do Planalto em meio a invasores no dia 8 janeiro, deu força a um movimento pela reformulação do órgão. A mudança, no entanto, encontra resistência de ministros que enxergam risco de tencionar a relação do Planalto com as Forças Armadas, em um momento em que o governo busca justamente o contrário. O GSI foi criado em 1938 e sempre teve militares no comando.

Auxiliares próximos acreditam que Lula se mostra hoje mais inclinado a escolher um militar para substituir Gonçalves Dias. Na última quinta-feira, o presidente se reuniu com o general da reserva Marco Antonio Amaro dos Santos, considerado favorito para o posto. Rui Costa participou da conversa.

O ministério da Defesa, José Múcio, é outro que acha que o GSI deve permanecer nas mãos dos militares e já externou essa posição publicamente. Entre os ministros palacianos, Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Paulo Pimenta (Comunicação Social) também consideram que no momento o mais adequado é deixar um integrante da caserna à frente do órgão para evitar tensões.

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